terça-feira, 31 de outubro de 2017

Água na boca

Água na boca ( texto de Aurelina Haydêe do Carmo)

Einstein sempre dizia que a imaginação é mais importante que o conhecimento.

O sol raiou, já faz calor.
Hum! Que fome. A cozinha e a geladeira já estava me esperando- pão integral, queijo branco, manteiga. Então peguei a velha panela de ferro.
Por falar em panela de ferro, tenho um ciúme dela, guardo bem guardadinha no armário de baixo da pia, porque ela é muito antiga- lembro-me como se fosse hoje- o dia que minha mãe as comprou.
Um jogo de panelas( uma frigideira, uma panela grande, outra menor, outra menorzinha e mais outra menor que a anterior.

Nós éramos pequenas e eu achava que esta ultima era prá nós brincarmos nos fundos do quintal- quitute.

O tempo passou, muitas coisas mudaram, até as panelas são outras.
Hoje elas parecem mais objetos de decoração. Eu, já ví e escutei, muitas pessoas dizerem- elas dão até dó coloca-las no fogo.
Hum! Como são lindas, nas lojas de utensílios domésticos são colírios para os olhos, mas dói nos bolsos.
Vale a pena ter um jogo desses, principalmente se tem fundo triplo como as minhas( não estou fazendo propaganda).

Gente- já falei demais em panelas. E, o meu pão? Meu queijo? Estão me esperando em cima da pia. A manteiga já derreteu...

Não existe manhã mais prazeirosa que sentar e degustar um pão passado na panela de ferro. Panela, esta que tem muitas estórias e histórias.


 Tcháu.   Acho que você esta com ÁGUA NA BOCA. 
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Lá vem Deus

Lá vem Deus ( Conto por Aurelina Haydêe do Carmo)

Faz tanto tempo... mas a memória viva dos tempos de criança ,ainda continua como se fosse hoje.
A nossa rua era linda, bem traçada e patrolada. Do meio da rua dava para alongar a vista e ver uns 3 KM de reta.
Como naquele tempo todas as casas tinham na base de 5 a 8 crianças, os meninos estudavam pela manhã e as meninas à tarde.
Acontece que pela manhã, talvez por certo mais ameno o sol, um Senhor, percorria o bairro, com um grande livro preto (Bíblia) embaixo das axílas.
Livro este muito desgastado pelo tempo e uso. Estava mais aberto que fechado, muito usado.
Engraçado que todos os moradores gostavam dele. A criançada fazia roda com a sua chegada. Suado e cansado sentava no batente das portas e distribuía balinhas para as crianças.

O almoço era degustado na casa onde ele chegava, é claro no horário do rango. Comida era o que  tinha em todas as casas e os moradores ofereciam com muita satisfação. Parecia que já era da casa.

Um detalhe, ele era nordestino, o seu modo de falar era bem diferente do nosso(sotaque). Era muito querido por todos.
Para nossa tristeza ele sumiu.
Um dia, de longe uma das crianças o reconheceu, vindo lá na curva.

Correu, chamando todas as crianças para recebe-lo. E pulava com os dois pezinhos, batia palmas de alegria, gritando em alta voz: LÁ VEM DEUS.
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Contando um Conto

Contando um Conto
Aurelina Haydêe do Carmo.

                                  Nunca ví um caso igual
                                  Igual ao do Arnaldo,
                                  Não pode catar o frango,
                                  Mas pode ajuntar o caldo.

Todas as noites sentávamos na calçada para ouvir histórias, estórias e causos.
Dentre muitos o que nunca me esqueci  foi do menino que todos os dias quando o sino da matriz dava as 12 badaladas- para muitos era a hora do rango.
Então: o menino por nome Arnaldo saia correndo para sua obrigação – levar a marmita para um dos funcionários da fábrica que era o seu vizinho. Este não podia sair, era encarregado de ficar de olho nos maquinários que não podiam ser desligados num período de 12 horas.
O menino fazia aquele serviço com muita satisfação. Recebia além do combinado, muitos agrados (presentes). Era pontual e estampava alegria no seu rosto. Seus olhinhos brilhavam ao receber a marmita. Comida quentinha, cheirosa e muito bem temperada. Lá ia o Arnaldo sorrindo. Quando chegava a certa altura longe dos olhares de todos , abria a marmita, comia metade e ajeitava a outra metade para o destinatário.
Um belo dia ao abrir a marmita, não resistiu o cheiro ... eram pedaços de frango caipira ao molho. Comeu apressadamente tudo, nem percebeu que não sobrou nada, nadinha de nada.
Chegou na fábrica , desconfiado, suado e um pouco mais tarde e entregou a marmita.
O funcionário desconfiado perguntou: Cadê o frango? Aqui só tem caldo! Acordei madrugada fui no poleiro , peguei o frango carijó para Maria cozinhar...
Ela mandou só o caldo?!...
Arnaldo respondeu se desculpando: eu me atrasei e vim correndo. Tropecei e a marmita caiu e abriu, para não atrasar só ajuntei o caldo.
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Explicado né....
*já fizeram comigo assim. E com vocês?

- eu tive que engoli o caldo.

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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Quem você esta esperando

Quem você esta esperando.
Parabéns Aurelina - Salve 20 de Outubro. 


Engraçado, que o meu aniversario coincide com o horário de verão.
Então para que minhas amigas e familiares não percam o horário, o convite é feito da seguinte maneira: Assim que escurecer, venha cantar parabéns para mim.
Aí, a maior parte das pessoas me ligam, perguntando que  horas que vai começar a festa.
Respondo: a hora que as luzes da cidade acenderem... ou melhor a hora que precisar acender os faróis.

Sabedora que a nossa cidade é cortada por apenas um meridiano, acredito que todos vão chegar no mesmo horário.

Tudo pronto, saio na janela e fico esperando anoitecer. E, como demora para escurecer. Dou as costas para o dia que se vai, atendo o interfone.
Ah! são eles... pode subir, enquanto eles sobem, volto à janela –Escureceu

Dim, dom, eu lá de dentro, pergunto: Quem é? A resposta- Quem você esta esperando.

Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo