sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Lembranças do Rio Cuiabá.

Lembranças do Rio Cuiabá.
Aurelina Haydêe do Carmo
 
 Lembro muito bem,
O rio Cuiabá – a ponte:
Margem direita – Várzea- Grande.
Margem esquerda – Cuiabá.

Não importa posição geográfica,
Ele divide duas cidades.
A Capital – Cidade Verde.
Várzea – Grande- a Industrial.

Rio largo, boas lembranças.
Faz recordar as lanchas,
O apito no amanhecer
Ou ao entardecer.

Saíamos correndo,
Lá vem Ela imponente...
Com nomes interessantes:
Bacia do Prata que ficou na mente.

Na curva do rio,
Bem no saladeiro,
Apontava, como um delírio,
Gritava quem avistasse primeiro.

Do barranco, em silêncio, olhando,
Todos saudavam balançando braços,
Sob as águas, deslizando,
Na mente de infância ficou um pedaço.
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Poesia de Aurelina Haydêe do Carmo 
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O mistério da poesia – Rubem Braga

O mistério da poesia
Não sei o nome desse poeta, acho que boliviano; apenas lhe conheço um poema, ensinado por um amigo. E só guardei os primeiros versos: Trabajar era bueno en el Sur. Cortar los árboles, hacer canoas de los troncos.
E tendo guardado esses dois versos tão simples, aqui me debruço ainda uma vez sobre o mistério da poesia.
O poema era grande, mas foram essas palavras que me emocionaram. Lembro-me delas às vezes, numa viagem; quando estou aborrecido, tenho notado que as murmuro para mim mesmo, de vez em quando, nesses momentos de tédio urbano. E elas produzem em mim uma espécie de consolo e de saudade não sei de quê.
Lembrei-me agora mesmo, no instante em que abria a máquina para trabalhar nessa coisa vã e cansativa que é fazer crônica.
De onde vem o efeito poético? É fácil dizer que vem do sentido dos versos; mas não é apenas do sentido. Se ele dissesse: Era bueno trabajar en el Sur, não creio que o poema pudesse me impressionar. Se no lugar de usar o infinito do verbo cortar e do verbo hacer usasse o passado, creio que isso enfraqueceria tudo. Penso no ritmo; ele sozinho não dá para explicar nada. Além disso, as palavras usadas são, rigorosamente, das mais banais da língua. Reparem que tudo está dito com os elementos mais simples: trabajar, era bueno, Sur, cortar, árboles, hacer canoas, troncos.
Isso me lembra um dos maiores versos de Camões, todo ele também com as palavras mais corriqueiras de nossa língua: “A grande dor das coisas que passaram.”
Talvez o que impressione seja mesmo isso: essa faculdade de dar um sentido solene e alto às palavras de todo dia. Nesse poema sul-americano a idéia da canoa é também um motivo de emoção.
Não há coisa mais simples e primitiva que uma canoa feita de um tronco de árvore; e acontece que muitas vezes a canoa é de uma grande beleza plástica. E de repente me ocorre que talvez esses versos me emocionem particularmente por causa de uma infância de beira-rio e de beira-mar. Mas não pode ser: o principal sentido dos versos é o do trabalho; um trabalho que era bom, não essa “necessidade aborrecida” de hoje. Desejo de fazer alguma coisa simples, honrada e bela, e imaginar que já se fez.
Fala-se muito em mistério poético; e não faltam poetas modernos que procurem esse mistério enunciando coisas obscuras, o que dá margem a muito equívoco e muita bobagem. Se na verdade existe muita poesia e muita carga de emoção em certos versos sem um sentido claro, isso não quer dizer que, turvando um pouco as águas, elas fiquem mais profundas…
— Rubem Braga, no livro “A traição das elegantes”. Rio de Janeiro: Record, 2010.
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

Pescaria no Rio Cuiabá

Poesia -
Pescaria no Rio Cuiabá: 
                                        Aurelina Haydee do Carmo

No rio Cuiabá,
fui pescar
sem pensar
peguei um Curimbatá.

O Barbado do Chimburé
parecia um Jurupensém.
pulava igual pipoca,
mas era uma Jurupoca.
Pintado
Ah! tempo Dourado,
peixes grandes e pequenos,
rios emoldurados
por todos os lados

Onde estará a Cachara!
alguém viu o Jaú?
um cara Pintado,
levou o Pacú.

Disseram que levava
no picuá uma Piranha

e duas Pacupeva
no rio Cuiabá nadava.

Coitado do filhote do Piau,
na piracema virou mingau
e com o sururu
faltou o Piavuçu.

Debalde, lutei...
passei quase uma tarde,
mas não peguei
nenhum Bagre.

Chum-Chum, Rapa-Canoa,
é mentira
é só uma Piquira,
do tamanho do Lambarí.

Sentei embaixo do pé de manga,
olhando o rio correr,
degustando uma Piraputanga
o Rio Cuiabá, vamos socorrer.
                                                         
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Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo
veja mais em http://www.bomdiacuiaba.com.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

EU APRENDI


EU APRENDI
que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha;

EU APRENDI
que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

EU APRENDI
que ser gentil é mais importante do que estar certo;

EU APRENDI
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

EU APRENDI
que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;

EU APRENDI
que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

EU APRENDI
que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

EU APRENDI
que dinheiro não compra "classe";

EU APRENDI
que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

EU APRENDI
que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada,
compreendida e amada;

EU APRENDI
que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

EU APRENDI
que ignorar os fatos não os altera;

EU APRENDI
que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

EU APRENDI
que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

EU APRENDI
que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

EU APRENDI
que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

EU APRENDI
que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

EU APRENDI
que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

EU APRENDI
que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;

EU APRENDI
que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

EU APRENDI
que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

EU APRENDI
Que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
H. Jackson Brown Jr
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A INVEJA


A INVEJA



Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora dedicava-se a ensinar sua filosofia para os jovens.


Apesar da idade, corria a lenda de que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.


Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.


O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrota-lo, aumentando sua fama de vencedor.


Todos os estudantes manifestaram-se contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. 

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendeu inclusive seus ancestrais.


Durante horas fez tudo para provoca-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: “Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”


“se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?” –perguntou o velho samurai. 


“ A quem tentou entrega- lo” – respondeu um dos discípulos.


“ O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos” – disse o mestre –“Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo”.



*Josué Gonçalves

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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Importância às pessoas


Importância às pessoas

Cada dia, ao meio dia, um pobre velho entrava na Igreja, e poucos minutos depois, saia. Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia( pois havia objetos de valor na Igreja). “ venho rezar”, respondeu o velho. “ Mas é estranho”, disse o sacristão, “que você consiga rezar tão depressa”. “Bem”, retrucou o velho, “eu não sei recitar aquelas orações compridas. Mas todo dia, ao meio dia eu entro na Igreja e só falo: Oi Jesus, eu sou o , vim te visitar. Num minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve”.


Alguns dias depois, o  sofreu um acidente e foi internado num hospital e, na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos: os doentes mais tristes se tornaram alegres, muitas risadas passaram a ser ouvidas. “ZÉ”! 

Disse-lhe um dia a irmã, 

“ os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre... ”  ”É verdade, irmã, estou sempre tão alegre. É por causa daquela visita que recebo todo dia. Me faz tão feliz.”


A irmã ficou atônita. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do estava sempre vazia.


O era um velho solitário, sem ninguém. “Que visita? A que hora?” “todos os dias”. Respondeu ”ZÉ”, com um brilho nos olhos, “todos os dias ao meio dia. Ele vem ficar ao pé da minha cama. Quando olho para Ele, Ele sorri e diz: Oi , Eu sou JESUS, eu vim te visitar.
Josué Gonçalves

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Elogiar quem?

Elogiar quem?

Um homem dizia que as mães que ficam em casa na realidade não trabalham tanto. Ele explicava que as tarefas domésticas eram muito simples e fáceis de executar. Porém um dia ele foi obrigado a ficar em casa cuidando da família para a sua esposa viajar. Foi nesta oportunidade que ele decidiu fazer uma lista das suas atividades e obteve o seguinte resultado:

Abri a porta para as crianças – 106 vezes
Fechei a porta para as crianças – 106 vezes
Amarrei o cadarço dos sapatos -16 vezes
Dei biscoito para as crianças -28 vezes
Disse “não” para o menino de 2 anos -94 vezes
Acabou-se a minha paciência -45 vezes
Preparei pão com geléia -11 vezes
Segurei o bebê no colo -21 vezes
Atendi ao telefone -17 vezes
Caminhei atrás das crianças quase 4 Km
E ainda faltou relatar muitas coisas que eu não quis anotar!

Pais e esposos, filhos, digam às mães MUITO OBRIGADO!
Digam quão gratos vocês são por tudo que elas fazem em casa pela família. Diga hoje e faça um propósito de fazê-lo com mais regularidade.
Mesmo aquelas mães que trabalham também fora do lar poderiam fazer uma lista semelhante a esta para o período em que estão nas suas casas. Agradeçam a Deus pela vida da sua esposa e da sua mãe!

·        Josué Gonçalves


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