Ofereço
esta poesia de Mario Barreto França a todos os advogados do Brasil
especialmente para meu filho J.A.C.F
A Eloquência
da Justiça
(Salomão)
No
trono de marfim, de púrpura vestido,
por
doutores da lei e escribas assistido,
na
gloria de seu reino, o sábio Salomão
julgava
com poder, sua grande nação.
As
suas decisões no governo do povo,
as
leis fundamentais de um direito mais novo.
A eloquência
sem par dos provérbios ditados,
os
editos reais, tão bem apropriados,
e os cânticos
de amor repletos de poesia
e os conselhos
de amigos, e a alta filosofia,
da
justiça com que dava as suas sentenças,
e o
esplendor do seu reino, e as riquezas imensas,
enchiam
de prestigio e fama universal.
O
reino de Israel,soberano sem igual.
Sabedoras
do que o rei julgava com justiça,
Um
dia, duas mães que se achavam em liça,
por
causa de um menino, ao sábio foram expor.
A difícil
questão que fazia supor,
Que
ambas tinham direito a mesma pretensão,
pois
cada qual possuía idêntica razão...
Uma
delas falou: - Comigo, esta mulher
Mora há
tempo. Pois bem, numa noite qualquer,
Ela
teve um filhinho; alguns dias depois,
Tive
um filho também. Dormíamos com os dois
Na
mesma cama e, à noite, o seu filho morreu,
por
que ela sobre o mesmo exausta, adormeceu.
Mas
quando despertou e viu o sucedido,
Ao
seu lado deitou o meu filho adormecido.
E comigo
deixou o seu filho morto: Em pranto,
Fiquei
a lastimar... Examinando, entanto,
O cadáver,
notei que era o seu filho, ao passo
Que o
meu, Senhor, dormia em seus regaço! ...
Mas a
outra protestou: - Este aqui é o meu filho;
O
dela é o que morreu !
- Não seja isso o
empecilho.
Ao
fim da discussão! ( falou o rei) – Soldado!
-Trazei-me
em demora um gládio bem afiado,
Divide
o menino e dai uma metade
A cada
uma das mães! E com perversidade,
Uma falou:
- Pois bem, não será nem meu nem teu !
Dividi-o
Senhor!
E a corte
estremeceu...
Porem,
a que era mãe verdadeira, sentindo
O coração
chorar pelo martírio infindo
Da morte
do filinho, implora o grande Juiz
- Não
o mateis Senhor! Serei mais infeliz,
Vendo
o morto do que o sabendo inda com vida,
Nos
braços de outra mãe, mesmo desta homicida.
É
perversa mulher. Por isso, dai-o a ela! ...
Não o
mateis,Senhor!
E, extraordinária
e bela,
Prostrou-se
ante o rei, num pranto convulsivo,
Mas,
no íntimo, feliz por ver seu vivo...
Erguendo-se
no trono, impávido, sereno,
O rei
estende o braço em vigoroso aceno
E
ordena ao gladiador:
- Não
o mates! Agora,
Entrega-o
a esta mulher que me suplica e chora
É a
verdadeira mãe, que sublimando a dor,
Sua alma
ofereceu a sagração do amor!...
E todo o povo ouviu, perplexo e admirado,
A sentença do Rei cujo saber profundo
Demonstrava que Deus o tinha coroado
Para o bem de Israel e justiça do mundo.
---
Esta poesia, eu Aurelina, sei de cor a muitos anos,
gostaria que todos os advogados refletisse um pouco sobre a sabedoria de Salomão.
---Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo
Belíssima poesia, por anos a fio , minha querida mãe, a declamou lindamente! Há alguns anos ela retornou ao seu verdadeiro lar. Saudades mãezinha!😍❤️
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