sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O CANJINJIM

O CANJINJIM
Conto por Aurelina Haydée do Carmo.

Certo dia tomando um café num de nossos shoppings, uma amiga pediu licença, se podia fazer-me companhia. Respondi:
- Com muito gosto querida.

Então, o garçom muito simpático arrastou uma cadeira junto a mim e naturalmente trouxe também uma linda xícara com um perfumado café preto.

Hum! Só de lembrar fiquei com vontade.

Chegando em casa, fui direto para a cozinha, peguei a  cafeteira e fiz um café na medida certa.

A qual ficou ainda mais saboroso do que o que havia tomado no shopping.

Voltando à agradável conversa com minha amiga no shopping. Depois de conversarmos muito ela disse:
- Ainda bem que encontrei você, pois estava muito preocupada. Havia dias uma colega nossa estava nos convidando para um jantar em sua belíssima mansão. 

Põe mansão nisso... bela é pouco. O bairro (se assim pode se chamar) é de arregalar os olhos. Nossa amiga intimou a minha companhia. Ela marcou na agenda o dia e a hora do jantar.

O convite foi muito especial. O objetivo era apresentar o filho desta que estava comigo para a filha da anfitriã.

Parecia coisa de novela. O filho desta amiga estava terminando Medicina numa Universidade Federal. E a moça, filha da nossa colega fazia Letras na mesma Universidade.

Minha amiga a muito custo convenceu seu marido e seu filho a ir para o famoso jantar.

Ele, o marido conheço muito bem, trabalhamos muito tempo juntos pois nossa matéria tinha muita afinidade, homem experiente e muito educado, sempre me dava uma mão nas tarefas científicas. Sabia muito bem como leva-lo, era muito sistemático.

Enfim, chegou o dia! Foram os três, ele meio contrariado, o rapaz emburrado. Mas foram.

Se apresentaram na portaria- nada de alguém atender o interfone. Depois de mais de 15’  de insistência uma voz quase sumida na garganta diz: Quem é! Quem...

Você tá sozinha? Ou tem mais alguém?
O marido enfurecido diz: Vamos embora!

A minha amiga com vergonha do marido e do filho decidiu ficar.
Depois de mais de 15’ aparece ela tão sem graça dizendo que estava dormindo, pois tinha acordado de madrugada para levar sua filha(aquela) no aeroporto, ela foi para a França morar com a avó. Começou a contar dos preparativos e a felicidade da filha pois já foi até com serviço- dar aulas de Português numa conceituada Escola Francesa ( não parava de bocejar).

O jantar seria servido as 20 horas e já eram quase 22 horas e nenhuma providencia era tomada.
Minha amiga disfarçava o máximo que podia (barriga roncava).

O marido começa a piscar os olhos e abrir a boca sem parar.
Nessas alturas o quase médico já havia escarrapachado no sofá.

A anfitriã com a cara de pau ainda pergunta:

- A que devo esta amável visita?

Como não saia nada para comer, criou-se uma situação constrangedora, minha amiga muito sem graça pergunta:
- Bem nós já vamos.

A anfitriã respondeu: Não, vocês não vão assim!

Vou oferecer pelo menos um  cálice de CANJINJIM.
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Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

domingo, 2 de novembro de 2014

O Cemitério

O cemitério
Conto por Aurelina Haydêe do Carmo

Todos os domingos para a minha devoção, é caminho quase obrigatório, falo quase, por ser este o mais rápido passar na lateral do cemitério central. A igreja que frequento fica mais acima, passando por lá é uma retona (reta longa).

Não precisa ficar pensando que tenho medo de assombrações. Vou de caronista, no meu próprio carro. Não que eu não saiba dirigir, por falar em dirigir ,ví e ouvi num programa pela manhã , que todos nos dirigimos bem, o que deferencia uma pessoa da outra, um dirige bem outras são barbeiras (não existe nada disso), é a sua visão periférica que esta em jogo.

Voltando lá, dirijo bem, não sou eu que estou dizendo: é o povo , dou ao luxo de ser passageira aos domingos, isto para apreciar as belezas da minha cidade. É um colírio para os olhos.

Já que minha visão periférica é boa, uma coisa me chamava atenção, passando na perpendicular da rua do cemitério central, na penumbra (nossa cidade é cognominada de cidade verde, não cidade luz) via uma coisa que parecia um sentinela, na porta do sumiutério (como dizia meu irmão).

Muitas e muitas vezes passava por aquelas imediações e o carro em velocidade, eu, com meu olhar periférico voltava os meus olhos para a porta da cidade dos pés juntos e via ou pensava que via algo estranho.

Um dia não aguentando a curiosidade pela manhã (é claro) fui até lá, vi o que era.

No domingo seguinte falei para o meu motorista, passar devagar e olhar aquela cena.
Exatamente, eu não estava equivocada. Ele viu e afirmou: é um guarda, achando que era o vigia.

E disse : Incrível, hoje até os mortos precisam ser vigiados.

Você sabe por que? Infelizmente os vândalos estão em toda parte, roubam vasos, flores, lápide, castiçais etc.

Eu já sabia o que era, mas deixei quieto.

Então, um dia passamos por lá, depois de uma ventania, qual não foi nossa surpresa, rimos muito, a assombração estava caída no chão, parecendo que estava dormindo.

Rimos da nossa imaginação, mas meu coração ficou de luto, deixaram uma bela palmeira (coqueiro) apodrecer, morrer e tombar. Lá estava ela, inerte, sem vida. Em frente do cemitério.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

FLORES para minha MÃE

FLORES para minha MÃE

Ah!... faz muito tempo atrás DONA BONEQUINHA se foi...
Foi para tristeza nossa, foi para nunca mais voltar.
Sempre achei sua trajetória muito rápida. Foi igual a um cometa, ou, talvez como o LÍRIO do CAMPO...

Deixou muito perfume da sua existência nesta vida. Ainda hoje caminhamos trilhando com muitas saudades. A placa colocada na porta da nossa loja, confeccionada com a letra do meu único irmão, ficou na minha memória.
Fechado: “MOTIVO LUTO”.

Assim como ficou gravada a musica “CORAÇÃO de LUTO” que na época todas as rádios e alto falante tocavam nas alturas, pois era sucesso.

Eu trabalhava num colégio muito bonito, que tem um saguão bem grande, quando saí da minha sala, olhando para a entrada do colégio, deparei com a minha irmã, mais nova que eu, corrí  ao seu encontro, nós nos aproximamos e ela não disse nada, abraçamos e começamos a chorar.

A musica do barzinho ao lado, parecia que era só para mim naquele momento.

Todas as placas que avisa “Luto”, me faz lembrar daquele dia fatídico, em que minha mãe partiu do nosso convívio, deixando nossa casa grande demais, vazia, ficou como se fosse um labirinto.

Foi Ela que nos ensinou as primeiras letras. Ela que fazia os nossos lindos vestidos, tecidos comprados em uma loja de importados, costuras muito caprichadas imitando a alta costura. Guardamos com muito carinho as fotos tiradas pelo fotógrafo Japonês  ou chinês, não me lembro só sei que era ele o fotógrafo da cidade.

Ela bordava nossas camisolas e colocava lindas rendas nas nossas anáguas e as engomavam.
A sua voz era bem afinada, cantava muito e vivia sorrindo. Gostava de viver, tinha muitas amigas, nossa casa era cheia de gente, gente de perto e gente de longe.

Enfim, era uma mulher linda, com longos cabelos lisos, castanhos, deixando uma onda do lado esquerdo transparecer toda a sua graciosidade.

Bem, tenho muito para falar de minha MÃE “A VIDA INEVITÁVELMENTE FLUÍ”, não tem outro jeito, então , carinhosamente “ FLORES para minha MÃE”.
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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Conhecimento, Cultura e Diversão

Conhecimento, Cultura e Diversão

Conto por Aurelina Haydée do Carmo.

Tenho uma amiga que frequenta o grupo da “TERCEIRA IDADE”. Eu vou no grupo para divertir, encontrar as amigas e colocar as conversas em dia, espairecer.

Mas essa amiga “eu acho” que ela me julga intelectual ou ela esta me testando, não sei.

Então! Chego cumprimento todos com beijinhos, como se eu fosse a Presidente. Aliás, muitos dos associados acham que sou da diretoria. Recebo vários telefonemas para saber sobre a programação do mês, para saber por que eu não fiz homenagem para uma determinada colega que passou a morar nos céus, achando esse ato discriminatório, dando duro em cima de mim, sei que todas são e foram minhas amigas, mas temos umas que destacamos, enfim até para reclamar que no velório de fulano de tal não teve coroa.

Bem, falando da minha amiga, quando acabo de sentar, acabo não, só coloco um lado na cadeira, mal coloco o outro, ela arrasta a sua cadeira junto a minha (nem espera o garçom trazer a cadeira), começa as perguntas de alto nível: Colega, o que você acha da lei que obriga a aplicar 10% do PIB em educação? Você já fez a conta que quase dobra os atuais 5,8% do PIB, que é a média dos países da OCDE! E, ainda vai mais a sua preocupação, ela leu que a regra tem que ser cumprida até 2024. 

Continua a conversa em alto nível, põe nível na conversa, eu fui lá para rir e descontrair. Mal coloco o salgadinho quente e apetitoso na boca, continua a alta conversa “COITADOS de nossos NETOS”!
Por ai vai... continua “Você acha que esse plano Real, ainda vai continuar? Você não acha que a inflação está voltando? E essa tal de “ Bolsa Família”...me explica direito.

Venha para o nosso grupo. Aqui tem Conhecimento, Cultura e Diversão. 
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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pai falou, tá falado.

Pai falou, tá falado.
Conto por Aurelina Haydée do Carmo.

Era inverno, o tempo estava frio e muita garoa, aproveitei para dormir cedo.
Dormi cedo, acordei cedo, exatamente 08 horas de sono, como manda o figurino (risos).
Então: Fazer o quê, numa manhã fria!

Aproveitei a temperatura- fui tomar um delicioso chocolate quente e olhando a fumacinha que subia da minha antiga xicara de porcelana (olha o detalhe-duas asas)- lembrei que é engraçada a nossa vida. 

Tudo muda, tudo passa, qual uma fumaça. Até as horas ( o relógio) mudou.

No século passado, que passou, mas não faz muito tempo, os filhos pediam aos pais para ir a uma festa. Os pais diziam: Vai, mas volta cedo. Cedo era 21h30min até 22 horas.

Hoje as horas parecem que mudaram (relógio).


Eles (filhos) , e nós vamos cedo ou tarde? Não sei... e que horas voltamos? Não sei...Fico confusa. O relógio está um pouco complicado. As horas endoidaram. Difícil pra entender.
Semana passada recebi um convite para uma festa (convite individual), para as 22 horas.

Fiquei confusa, se vou tarde, significa que tenho que voltar cedo.

A filha de minha amiga estava comentando que ela é muito obediente aos pais. Quando ela vai a uma festinha, ela faz tudo para voltar prá casa de preferencia assim que o dia começa a clarear.
Pergunto: Ela volta tarde ou cedo da festa?

O pai não gosta que ela fica andando por aí tarde da noite.
Obedecendo o pai, ela passou a noite toda agarradinha. Em quem?
Não é em quem  você esta pensando...É no relógio, é claro, para não perder o horário.

Pensei! Filha obediente...

Pai falou, tá falado.
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Meu aniversário e de minhas amigas-20 de outubro-Parabéns a todas nós.

Meu aniversário e de minhas amigas-20 de outubro-Parabéns a todas nós.


Todas as vezes que completo mais uma “Primavera” me vem a mente- meu livro de Geografia Física de Aroldo de Azevedo- ele mostrava uma foto do cometa HALLEY, e dizia que em 1985 esse cometa que aparece de 75 em 75 anos, seria visível a olho nu, na região Centro-Oeste do Brasil.

Eu era menina, fazia a 2ª série Ginasial e olhava, olhava a figura colorida do cometa e pensava: até lá eu estarei velha demais, nem com telescópio não vou enxergar ou talvez esteja morta.(que pessimismo, agora mudei, sou outra, vou viver igual Matusalém) risos.

Chegou 1985- Planejamos muitas festas com antecedência, o momento era único.

Eu muito emocionada, juntamente com outros professores da Universidade Federal, planejamos fazer uma vigília no estacionamento em frente ao ginásio,à espera do grandioso astro. 

Qual não foi nossa decepção. Choveu tanto, céu escuro, trovoadas, relâmpagos, raios. 
Parecia que  o céu ia desabar. Passamos em brancas nuvens o momento tão esperado. Brancas nuvens não... escuras nuvens (risos).

Importante é, que estou aqui, viva e feliz. Agradeço a Deus.

Salmo 145- A bondade, grandeza e providência de Deus.
Verso 19- Ele cumprirá o desejo dos que temem; ouvirá o seu clamor e os salvará. AMEM!

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia do Professor - 15 de Outubro.

Dia do Professor
15 de Outubro.

É uma verdadeira Festa para mim.
Sou professora aposentada de uma Universidade Federal.

Minha  única nora também é professora e neste dia celebramos o seu aniversário.
Que lindo... ela já nasceu professora-2 festas- motivos vários para ser festejado.

Parabéns, minha nora pelo Aniversário, Felicidades e muita Saúde.
Desejo sucesso na sua carreira.

Este é um dia  para sentirmos o coração contente, com a maravilha de existir, é um bom momento para sentir as riquezas que possuímos em abraços e sorrisos daqueles que nos querem bem.

Aproveito a oportunidade para parabenizar todos os Professores, que DEUS dê SAÚDE para vencer a luta que não é fácil.

                                         O MESTRE EFICIENTE. (Marcos Cap.4 v 34)
        “E sem parábola não lhes falava; mas em particular explicava tudo a seus discípulos”.
Jesus foi um professor eficiente.

Preocupou-se com o ensino formal e informal. A mensagem geral e a particular. São duas formas de aprender com Jesus. A 1ª é mais didática- o discurso ou o sermão para multidões. Contava histórias, construía ditados, recitava textos bíblicos. A 2ª para grupos menores. Ele discutia, dialogava, perguntava e explicava.

Jesus não foi um simples instrutor ou contador d histórias. Ele revelava as verdades divinas da maneira mais simples para que todos pudessem conhecê-las. Mas também discipulava, levando seus ouvintes a um encontro real com a verdade divina. Ele não só mostrava o caminho, como apresentava-se como o próprio caminho para DEUS.


Jesus foi um grande professor. Ele ensinava muito bem. Mas hoje ele ainda  ensina, quando a gente lê a Bíblia, sobretudo o evangelhos. Você quer ser aluno de JESUS? É só ler a Bíblia.
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