BEBER ou TOMAR
Conto –Aurelina Haydêe do Carmo.
Mãe
desesperada leva a filha adolescente ao pronto atendimento de um Hospital da
cidade. Filha aos prantos pois a alergia tomava conta do seu corpo. Estava já
sem folego e tremia muito.
Hospital
um saí e entra de pacientes, grito alucinante de ambulância. Muito choro,
desespero total. Era um corre, corre de gente por todos os lados.
A
mãe quase sem paciência vendo a sua filha se esvair devido a demora, toda hora
contava nos dedos quantas pessoas faltavam para chegar a sua vez. E, cada vez
mais, chegavam mais gente, muitos bem piores dos que já estavam lá e passavam
na frente. Urgência, urgentíssima.
Também
pudera, era um desses feriadões que emendavam com o sábado e o domingo.
Todos
queriam desfrutar, feriado assim, há muito não acontecia e os noticiários
diziam que o governo no ano que vem vai cortar muitos feriados.
Quase
anoitecendo, lá de dentro gritaram o nome da menina.
Mãe
e filha num só pulo adentraram o recinto onde estava o medico plantonista.
Então
começou a consulta, todos os procedimentos de praxe.
Médico
prescreve a receita.
A
menina olhou a receita, letra de quem nunca fez uma linha de caligrafia.
Olhou
firme para o médico...Pensou...eu não vou amanhecer, minhas forças estão se
esvaindo, sem fôlego.
A
receita dizia que era para ser ingerido
em jejum. Como já estava noite ela fez a seguinte pergunta:
Doutor?
Será que posso beber depois da janta?
O
médico raivoso, sem hesitar ,nem respeitou a mãe da menina, passou uma lição de
moral (sabão).
Dizendo:
olha aqui sua moça, será que nem você
estando nesse estado, não pode ficar uma noite sem beber?
A
mãe toda delicada, embora nervosa(não entendendo) pela alteração da voz do
doutor, interpelou: moço , minha filha não bebe álcool...
Ela
quis dizer-Beber o remédio, depois
ou antes da janta, visto que ela está muito mal e como vai passar a noite sem tomar ou beber nenhum medicamento?
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo