terça-feira, 6 de março de 2018

Imagem de Mulher

Imagem de Mulher
Inês Oliveira Martins


Nossa imagem de mulher
Já não está mais cristalizada
Estamos cada uma a seu modo
dilacerando velhos tabus,
na alma, enraizados.
Num mundo de tantas duvidas
e testemunhas de cenas tão doloridas
às vezes falantes
silenciosas
ou até divididas,
somos todas iguais
na missão da vida.
E assim,
quando assim compreendermos,
desmascaradas serão todas as incertezas
permitindo fluir da alma o reflexo
de um mundo de saber
até então inconfesso.
Juntar-se-ão então,
um fragmento aqui
e outro acolá,
para recompor com a fidelidade do criador,
a nossa mais autêntica:
Imagem de mulher.

Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

sexta-feira, 2 de março de 2018

Orgulho

Orgulho
“o orgulho divide s homens; a humildade une-os. (Jeaen B. Lacordaire)
                                     

Orgulho- um conceito exagerado de si mesmo.
Infelizmente, vemos hoje manifestado esse sentimento tão prejudicial na vida das pessoas. Porque o orgulho não deixa manifestar a necessidade que cada um tem de aprender. O orgulho impede as pessoas de verem as qualidades dos outros e as leva a ressaltar sobremaneira as suas, que todos já estão vendo. O orgulho não deixa a pessoa ver os seus erros, para corrigi-los e assim estabelecer um rumo na vida. O orgulho apaga as virtudes e ressalta os defeitos, principalmente de quem o mantém vivo no coração.
 O orgulho é um inimigo, que fala que é amigo.
 É uma doença que não gosta de ser tratada.
 É um erro que nunca quer ser corrigido.
 É um defeito que nunca quer ser reparado.
É um mal que não gosta de ser confrontado.
É um tolo que pensa ser cheio de sabedoria.
No caminho do cristão, Jesus está na frente.
No caminho do orgulhoso, Jesus, se quiser, vem atrás.
Vamos procurar transmitir toda glória para Jesus, porque só Ele é digno.


Pesquisado por Aurelina in Falando ao Coração.
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

ASPECTOS DO CARÁTER CRISTÃO

ASPECTOS DO CARÁTER CRISTÃO

O Sermão do Monte nos apresenta os principais aspectos do caráter cristão. Nele, aprendemos não somente a ética e a moral do Reino dos céus, mas a essência do caráter de Cristo.

1. Humildade (Mt 5.3). Jesus foi modesto em toda a sua maneira de viver (Mt 11.29). Ele demonstrou sua humildade ao despojar-se de sua glória (Fp 2.6,7); na irrestrita obediência à vontade do Pai (Jo 5.30; 6.39; Fp 2.8); quando lavou os pés dos discípulos (Jo 13.3-5); e ao relacionar-se com todas as pessoas, independentemente de sua raça ou posição social (Mt 9.11; 11.19; Jo 3.1-5; 4.1-30). A humildade é um aspecto do caráter imprescindível a todos os cristãos (Ef 4.1,2; Cl 3.12), pois os humildes sempre alcançam o favor do Senhor (Tg 4.6).

2. Mansidão (Mt 5.5). É uma virtude que se opõe à rudez. Nosso Senhor Jesus Cristo sempre foi manso e benigno de coração (2 Co 10.1; Mt 11.29).

3. Fome e sede de justiça (Mt 5.6). O Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que priorizassem, acima de todas as coisas, o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Em um mundo perverso (At 2.40), onde as pessoas estão mais preocupadas em acumular riquezas (2 Tm 3.2) do que socorrer ao aflito e necessitado, o verdadeiro cristão deve refletir o caráter de Cristo através de uma vida de santidade e retidão (Mt 6. 25,31,34).

4. Misericórdia (Mt 5.7). É a compaixão pela necessidade alheia. Jesus foi misericordioso com os homens em suas fraquezas e privações (Mc 5.19; Hb 2.17; Tg 5.11; 2 Co 1.3 ver Mt 15.22; 17.15). Lembremos, pois, que a misericórdia é um mandamento divino, e que a Bíblia condena a indiferença para com os pobres (Lc 6.36; Mt 12.7). Sejamos misericordiosos assim como Jesus nos ensinou na Parábola do Samaritano (Lc 10.37).

5. Coração puro (Mt 5.8). Nas Escrituras, o coração representa a personalidade, o centro das emoções humanas (Sl 15.2; 16.9; 51.10; Mc 7.21-23). Por isso, a Bíblia afirma que o Senhor perscruta os corações e conhece o interior de cada pessoa (Sl 139.23; Pv 21.2; Ap 2.23). Quando Cristo repreendeu os fariseus, mostrou-lhes como a pureza interior era necessária. Ele os acusou de serem semelhantes aos “sepulcros caiados” (Mt 23.27). O Senhor, que conhece os nossos pensamentos (Fp 4.8) e as motivações de nossas ações cotidianas (1 Co 4.5), manifestará em seu santo e justo julgamento cada uma de nossas ações (Rm 2.1-7; 1 Co 3.12-15).


6. Pacificador (Mt 5.9). Fomos conclamados a seguir a paz e, na medida do possível, ter paz com todos os homens (Rm 12.18; 1 Co 7.15; Hb 12.14; 1 Pe 3.11).

Pesquisado por Aurelina Haydee in EBD Setembro/2007. 

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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Ficar no Ponto

Ficar no Ponto
Conto feito por Aurelina Haydee do Carmo

Feriadão prolongado, resolvi fazer um bolo.
Olhei nas prateleiras da cozinha, tinha todos ingredientes, até o fermento ainda estava na validade. Ah!...faltava o principal – o ovo. A manteiga já estava fora da geladeira (aquela marca que os antigos diziam que era a melhor) bolo bom, gostoso, cheiroso e fofinho só tinha que ser feito com uma determinada marca de trigo, manteiga em meio ambiente.

Hoje descobrimos que tinha que ser aquela marca, porque só conhecíamos aquela há muito tempo e tínhamos aversão pelo novo. Como por exemplo extrato de tomate, macarrão, ervilha, sardinha, leite em pó e condensado, amido de milho etc.

Todos os produtos pioneiros por muito tempo foram transmitidos de nossas avós, pais, vizinhos como os melhores.

Ah! e o ovo? Não esqueci do ovo, só enrolei um pouco, para dar tempo da pessoa ir ao supermercado. O ovo chegou, quando abri a cartela, meu espanto foi tão grande, que a pessoa que trouxe o ovo, talvez imaginou...
Tanto transtorno, feriadão, eu deitado, aproveitando um ar condicionado, ligado minha TV-42’,3D.

Levanto, visto a camiseta, esforcei-me para raciocinar se desligo tudo e pego a rua, sol quente de quase 40°, as 10horas da manhã e ainda mais, na ida até ao mercado era uma subida e tanto. Na ida...era uma subida, ainda bem que na volta era uma descida(é lógico)rsrs.

Tá... o ovo, pequenininho, fiquei pasma pelo tamanho e veio na minha mente, quando éramos crianças, nas brincadeiras de quitutes no quintal. E quando o ovo era muito pequeno, a gente pensava que era de cobra.
  
Na dúvida, pegávamos o ovo com muito cuidado para não quebrar e subíamos até a popa de uma canoa e jogávamos no meio do rio.
Guardamos esse segredo de nossos pais com medo de pegar uma surra.

Como os ovos estão pequenos? Saudades do ovo caipira.
Estão tão pequenos que os mais experientes em receitas recomendam:

- Colocar +1 para ficar no ponto.
Conto feito por Aurelina Haydee do Carmo

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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Vai e vem

Vai e vem
conto por Aurelina Haydêe do Carmo


Parou no centro da cidade. Não tem um lugarzinho para deixar o carro.

Os estacionamentos lotados. Arre até que em fim ... uma vaga. Muita sorte! Caminha entre os empurrões dos transeuntes, um vai e vem.

Para... e começa a imaginar.  “Será pra onde vão? Procuram o quê?”

Todos muito apressados, parecendo que estão disputando uma corrida.

Não escutamos um BOM DIA, BOA TARDE. Como correm, penso, talvez correm para pegar o ônibus, para ainda ter sorte de encontrar o Banco aberto. Talvez para pegar seu filho, neto na porta da Escola.
Enfim, como correm...

E,eu? O que estou fazendo aqui? Caiu a ficha. Não fui ver o espetáculo das idas e vindas!

Estava apenas engrossando o desfile do “ VAI e VEM”.

conto por Aurelina Haydêe do Carmo

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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Xô Xuuum passarinho!



Xô Xuuum passarinho!
Escrito por: Aurelina Haydêe do Carmo

Engraçado,  todas as vezes que encontro minhas amigas de infância, elas remetem a um passado cheio de lembranças ao referir sobre os Quintais. Os quintais eram imensos com muitas Mangueiras e Cajueiros. Fico só sacudindo a cabeça e pergunto a mim mesma:
- Porque será que o nosso quintal nunca teve um pé de mangueira?! nem Cajueiro?!

No nosso quintal tinha um pé de goiaba branca, dava frutos muito suculento e era disputado pelos vizinhos. Este serviam para comer, mas tinha também o pé de goiabeira vermelha, estas eram para fazer doce. Doce de goiaba - doce de colher, para comer com queijo branco, geleia de goiaba para pôr no pão ou mexer com farinha de mandioca. Doce apurado para fazer rapadurinha. Comíamos numa base de 2 kilos por semana, pois ninguém conhecia a palavra “diabetes”.

Não sei se alguém naquela época conhecia essa palavra feia, morriam mas nunca ficávamos sabendo de quê, pois todo mundo culpava o coração.

Então Estávamos falando do quintal, mas o nosso Pomar começava na frente da nossa casa.

Bem na porta de entrada, tinha uma frondosa Caramboleira, chegava a ter cachos e mais cachos de carambolas, fruto amarelo de uma tonalidade chamativa que ninguém resistia, pois o sabor nem de longe compara aos que temos hoje nos nossos mercados.

E falando em mercado estive num deles em uma cidade do Sul do Brasil, lá estava Carambola entre os frutos exóticos.

Uma coisa puxa a outra, exótico mesmo era fruta-do-conde, que ostentava bem na porta de nossa cozinha, alguns denominavam de fruta pão.  

Do outro lado onde minha mãe cultivava as folhagens, rosas e samambaias, estas eram sombreadas por uma enorme Parreira (exótica), pois naquela época longe estava de pensar que alguém cultivar uvas, pois o nosso clima não permitia era muito calor e também não tínhamos tecnologia necessária.

Abrindo o portãozinho que dava entrada definitiva ao quintal, lá estava o pé de romã, de tão graúda a fruta, rachava e deixava os seus grãos vermelhos e suculentos parecendo gritar:
 - Saboreie-me, por favor.

Quando vocês crescerem nunca mais vão encontrar outros tão doces como eu.

Mais adiante estava a Limeira carregadinha de frutas, seus Galhos pesados caiam até o chão, eram escorados por madeiras. Minha mãe tinha um ciúmes porque não era uma simples Limeira. - Era Lima de umbigo.

Há! Já ia esquecendo do pé de figo como carregava...


Lembranças do doce artesanal de figo, doce em calda, cristalizado,  e quando deixávamos alguns madurar, eram uma delícia amarrávamos com tecidos para passarinho não bicar, tinham que madurar no pé.

Falando em Figo me fez lembrar uma das Histórias que ouvimos a noite embaixo da Caramboleira.
Ficávamos nós sentadas na calçada e a contadora de Historias sentava em uma Pedra Grande encostada no pé da caramboleira.

Todas as noites, lá estávamos nós, ouvindo as histórias, e a que nunca esqueci foi o da madrasta que viu sua enteada roubando os figos do Pomar e a enterrou viva embaixo do mesmo.

Então ela cantava a musiquinha eu nunca esqueci e aí eu tremia:
- Carpinteiro de meu pai não corta meu cabelo, que a madrasta me enterrou pelo Figo da Figueira.
Ficar sozinha no quintal, eu achava que a defunta estava lá, meu corpo arrepiava, então a musiquinha vinha aos meus ouvidos.
- A Madrasta me enterrou... pelo Figo da Figueira Xô Xuuum passarinho!

Escrito por: Aurelina Haydêe do Carmo


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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O CANJINJIM

O CANJINJIM
Conto por Aurelina Haydée do Carmo.

Certo dia tomando um café num de nossos shoppings, uma amiga pediu licença, se podia fazer-me companhia. Respondi:
- Com muito gosto querida.

Então, o garçom muito simpático arrastou uma cadeira junto a mim e naturalmente trouxe também uma linda xícara com um perfumado café preto.

Hum! Só de lembrar fiquei com vontade.

Chegando em casa, fui direto para a cozinha, peguei a  cafeteira e fiz um café na medida certa.

A qual ficou ainda mais saboroso do que o que havia tomado no shopping.

Voltando à agradável conversa com minha amiga no shopping. Depois de conversarmos muito ela disse:
- Ainda bem que encontrei você, pois estava muito preocupada. Havia dias uma colega nossa estava nos convidando para um jantar em sua belíssima mansão. 

Põe mansão nisso... bela é pouco. O bairro (se assim pode se chamar) é de arregalar os olhos. Nossa amiga intimou a minha companhia. Ela marcou na agenda o dia e a hora do jantar.

O convite foi muito especial. O objetivo era apresentar o filho desta que estava comigo para a filha da anfitriã.

Parecia coisa de novela. O filho desta amiga estava terminando Medicina numa Universidade Federal. E a moça, filha da nossa colega fazia Letras na mesma Universidade.

Minha amiga a muito custo convenceu seu marido e seu filho a ir para o famoso jantar.

Ele, o marido conheço muito bem, trabalhamos muito tempo juntos pois nossa matéria tinha muita afinidade, homem experiente e muito educado, sempre me dava uma mão nas tarefas científicas. Sabia muito bem como leva-lo, era muito sistemático.

Enfim, chegou o dia! Foram os três, ele meio contrariado, o rapaz emburrado. Mas foram.

Se apresentaram na portaria- nada de alguém atender o interfone. Depois de mais de 15’  de insistência uma voz quase sumida na garganta diz: Quem é! Quem...

Você tá sozinha? Ou tem mais alguém?
O marido enfurecido diz: Vamos embora!

A minha amiga com vergonha do marido e do filho decidiu ficar.
Depois de mais de 15’ aparece ela tão sem graça dizendo que estava dormindo, pois tinha acordado de madrugada para levar sua filha(aquela) no aeroporto, ela foi para a França morar com a avó. Começou a contar dos preparativos e a felicidade da filha pois já foi até com serviço- dar aulas de Português numa conceituada Escola Francesa ( não parava de bocejar).

O jantar seria servido as 20 horas e já eram quase 22 horas e nenhuma providencia era tomada.
Minha amiga disfarçava o máximo que podia (barriga roncava).

O marido começa a piscar os olhos e abrir a boca sem parar.
Nessas alturas o quase médico já havia escarrapachado no sofá.

A anfitriã com a cara de pau ainda pergunta:

- A que devo esta amável visita?

Como não saia nada para comer, criou-se uma situação constrangedora, minha amiga muito sem graça pergunta:
- Bem nós já vamos.

A anfitriã respondeu: Não, vocês não vão assim!

Vou oferecer pelo menos um  cálice de CANJINJIM.
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