sexta-feira, 2 de novembro de 2018

O cemitério

O cemitério

Conto por Aurelina Haydêe do Carmo


Todos os domingos para a minha devoção, é caminho quase obrigatório, falo quase, por ser este o mais rápido passar na lateral do cemitério central. A igreja que frequento fica mais acima, passando por lá é uma retona (reta longa).

Não precisa ficar pensando que tenho medo de assombrações. Vou de caronista, no meu próprio carro. Não que eu não saiba dirigir, por falar em dirigir ,ví e ouvi num programa pela manhã , que todos nos dirigimos bem, o que diferencia uma pessoa da outra, um dirige bem outras são barbeiras (não existe nada disso), é a sua visão periférica que esta em jogo.

Voltando lá, dirijo bem, não sou eu que estou dizendo: é o povo , dou ao luxo de ser passageira aos domingos, isto para apreciar as belezas da minha cidade. É um colírio para os olhos.

Já que minha visão periférica é boa, uma coisa me chamava atenção, passando na perpendicular da rua do cemitério central, na penumbra (nossa cidade é cognominada de cidade verde, não cidade luz) via uma coisa que parecia um sentinela, na porta do sumiutério (como dizia meu irmão).

Muitas e muitas vezes passava por aquelas imediações e o carro em velocidade, eu, com meu olhar periférico voltava os meus olhos para a porta da cidade dos pés juntos e via ou pensava que via algo estranho.

Um dia não aguentando a curiosidade pela manhã (é claro) fui até lá, vi o que era.

No domingo seguinte falei para o meu motorista, passar devagar e olhar aquela cena.
Exatamente, eu não estava equivocada. Ele viu e afirmou: é um guarda, achando que era o vigia.

E disse : Incrível, hoje até os mortos precisam ser vigiados.

Você sabe por que? Infelizmente os vândalos estão em toda parte, roubam vasos, flores, lápide, castiçais etc.

Eu já sabia o que era, mas deixei quieto.

Então, um dia passamos por lá, depois de uma ventania, qual não foi nossa surpresa, rimos muito, a assombração estava caída no chão, parecendo que estava dormindo.

Rimos da nossa imaginação, mas meu coração ficou de luto, deixaram uma bela palmeira (coqueiro) apodrecer, morrer e tombar. Lá estava ela, inerte, sem vida. Em frente do cemitério.

Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

FLORES PARA MINHA MÃE

FLORES PARA MINHA MÃE
Autora: Aurelina Haydêe do Carmo

        
Óleo s/ tela 030 x 040: Aurelina haydêe do Carmo
Ah!...Faz muito tempo que D. BONEQUINHA se foi... Foi para tristeza nossa, foi para nunca mais voltar.
         Sempre achei sua trajetória muito rápida. Foi igual a um cometa, ou, talvez como o LÍRIO do CAMPO...
         Deixou muito perfume da sua existência nesta vida. Ainda hoje caminhamos trilhando com muitas saudades. A placa colocada na porta da nossa loja, elaborada com a letra do meu único irmão, ficou na minha memória.
         Fechado: “MOTIVO LUTO”.
         Assim como ficou gravada a música “CORAÇÃO de LUTO” que na época, todas as rádios e alto falantes tocavam nas alturas, pois era sucesso.
         Eu trabalhava num colégio muito bonito, que tem um saguão bem grande. Quando saí da minha sala, olhando para a entrada do colégio, deparei com a minha irmã, mais nova que eu. Corri ao seu encontro, nós nos aproximamos e ela não disse nada, abraçamos e começamos a chorar.
         A música do barzinho ao lado, parecia que era só para mim naquele momento.
         Todas as placas que avisa “Luto”, me faz lembrar daquele dia fatídico, em que minha mãe partiu do nosso convívio, deixando nossa casa grande demais, vazia, ficou como se fosse um labirinto.
         Nossa mãe que nos ensinou as primeiras letras. Ela que fazia os nossos lindos vestidos, tecidos comprados em uma loja de importados, costuras muito caprichadas imitando a alta costura.
         Guardamos com muito carinho as fotos tiradas pelo fotógrafo Japonês  ou chinês, não me lembro, só sei que era ele o fotógrafo da cidade.
         Ela bordava nossas camisolas e colocava lindas rendas nas nossas anáguas e as engomavam.
         A sua voz era bem afinada, cantava muito e vivia sorrindo. Gostava de viver, tinha muitas amigas. Nossa casa era cheia de gente, gente de perto e gente de longe.
         Enfim, era uma mulher linda, com longos cabelos lisos, castanhos, deixando uma onda do lado esquerdo transparecer toda a sua graciosidade.

         Bem, tenho muito para falar de sobre ela. A vida inevitavelmente, continua, não tem outro jeito, então, carinhosamente “ FLORES para minha MÃE”.
Conto: Autora: Aurelina Haydêe do Carmo
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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O trampolim inexistente

O trampolim inexistente
Nunca escondi uma mania (um vício, uma obsessão) que sustenta minha escrita. Não consigo começar a escrever — seja uma ficção, um ensaio, um artigo para o jornal, o que for — sem antes anotar no alto da página a palavra “nada”. Lembro-me do dia em que isso começou. Estava com uma gripe forte. O desânimo e a apatia me dominavam. Ainda assim, precisava entregar um texto — uma crônica — até o final daquele tarde.

Passei muitas horas diante da tela em branco de meu primeiro computador. A tela me hipnotizava. Sugava-me para seu interior, arrastava-me para seu centro ausente, esvaziava-me. Eu precisava de um chão — assim como os nadadores, que sem dispor de um trampolim, não podem dar seus saltos. Mas me faltava um chão. Lembro que pensei: “Estou perdido. Os cozinheiros, pelo menos, têm suas receitas, e os economistas, suas planilhas. Eu nada tenho”.

Foi então que me ocorreu: esse “nada” era meu único consolo, era meu único ponto de partida. Não tinha outro apoio, nada em que me amparar. Nada mesmo. Foi aí que decidi a ele me agarrar e, julgando-me um pouco tolo, escrevi a palavra “nada” no alto da página vazia. É difícil descrever o alívio que aquilo produziu em mim. De repente, eu pisava em alguma coisa. Alguma coisa — ainda que nada — me sustentava. Um nada, que nada é, ainda assim se oferecia como algo que era só meu. E um escritor, para começar, precisa desse sentimento de que só ele, e mais ninguém, possui algo, por mais insignificante ou ridículo que seja, ou não conseguirá escrever.

Logo depois, em um jato, escrevi minha crônica. De tal modo me agarrei àquela palavra mágica, “nada”, que já não me recordo que crônica escrevi. A crônica era o que menos importava. Como se um atleta olímpico, depois de um salto ornamental, declarasse: “O salto foi medíocre. Mas de que trampolim eu saltei!”. Desde então, começar meus textos com a palavra “nada” se transformou em um ritual. Algumas vezes, constrangido, eu me pego anotando-a no alto da lista de supermercado, ou da agenda semanal. Nada é meu trampolim. É meu solo. Sem nada não sou ninguém. (...)

(Castello, José. Caderno Prosa&Verso. Junho de 2012)

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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Presente de aniversário. Aurelina Haydêe do Carmo

Presente de aniversário. Aurelina Haydêe do Carmo



Aurelina Haydêe do Carmo - Premiada no Concurso Nacional Novos Poetas com o Poema intitulado* Meu Rio- ( concorreu com 2.614 inscrições, num total de 5.228 poemas recebidos de todo o Brasil. O Poema foi publicado em Agosto/2018 na Obra Antologia Poética, Prêmio Sarau Brasil 2018- Vivara  Editora Nacional.


Meu rio

Como o rio, deslizo.
Minha vida corre,
E, nesse decorrer sem friso,
Às vezes - Paro e rio.

Rio, das águas,
Deslizando,
Límpidas
Sem magoas.

Do rio, eu rio.
Sentada no barranco liso,
Vendo as piquiras,
 Parece mentira.

Aquário natural,
Largo rio sem piso.
Com o temporal,
Eu rio.

Parece um festival,
Danças de peixes no rio.
Divertindo eu rio
Rio, rio, rio...

Saudades do meu rio
(entrei em delírio).


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sábado, 20 de outubro de 2018

Quem você esta esperando.

Quem você esta esperando.

Parabéns Aurelina - Salve 20 de Outubro. 

Engraçado, que o meu aniversario coincide com o horário de verão.

Então para que minhas amigas e familiares não percam o horário, o convite é feito da seguinte maneira: Assim que escurecer, venha cantar parabéns para mim.
Aí, a maior parte das pessoas me ligam, perguntando que  horas que vai começar a festa.
Respondo: a hora que as luzes da cidade acenderem... ou melhor a hora que precisar acender os faróis.

Sabedora que a nossa cidade é cortada por apenas um meridiano, acredito que todos vão chegar no mesmo horário.

Tudo pronto, saio na janela e fico esperando anoitecer. E, como demora para escurecer. Dou as costas para o dia que se vai, atendo o interfone.
Ah! são eles... pode subir, enquanto eles sobem, volto à janela –Escureceu.

Dim, dom, eu lá de dentro, pergunto: Quem é? A resposta- Quem você esta esperando.
* Este ano o horário de verão foi modificado devido ano eleitoral. 
Texto de Aurelina Haydêe do Carmo
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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

15 dia do Professor

Dia do Professor - 15 de Outubro.




Dia do Professor


15 de Outubro.

É uma verdadeira Festa para mim.

Sou professora aposentada de uma Universidade Federal.

Minha  única nora também é professora e neste dia celebramos o seu aniversário.

Que lindo... ela já nasceu professora-2 festas- motivos vários para ser festejado.

Parabéns, minha nora pelo Aniversário, Felicidades e muita Saúde.

Desejo sucesso na sua carreira.

Este é um dia  para sentirmos o coração contente, com a maravilha de existir, é um bom momento para sentir as riquezas que possuímos em abraços e sorrisos daqueles que nos querem bem.

Aproveito a oportunidade para parabenizar todos os Professores, que DEUS dê SAÚDE para vencer a luta que não é fácil.

                                         O MESTRE EFICIENTE. (Marcos Cap.4 v 34)

        “E sem parábola não lhes falava; mas em particular explicava tudo a seus discípulos”.

Jesus foi um professor eficiente.

Preocupou-se com o ensino formal e informal. A mensagem geral e a particular. São duas formas de aprender com Jesus. A 1ª é mais didática- o discurso ou o sermão para multidões. Contava histórias, construía ditados, recitava textos bíblicos. A 2ª para grupos menores. Ele discutia, dialogava, perguntava e explicava.

Jesus não foi um simples instrutor ou contador d histórias. Ele revelava as verdades divinas da maneira mais simples para que todos pudessem conhecê-las. Mas também discipulava, levando seus ouvintes a um encontro real com a verdade divina. Ele não só mostrava o caminho, como apresentava-se como o próprio caminho para DEUS.

Jesus foi um grande professor. Ele ensinava muito bem. Mas hoje ele ainda  ensinaquando a gente lê a Bíblia, sobretudo o evangelhos. Você quer ser aluno de JESUS? É só ler a Bíblia.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

12 de Outubro - Dia das Crianças

12 de Outubro - Dia das Crianças

A infância de Jesus
12 DE OUTUBRO - DIA DAS CRIANÇAS

“E CRESCIA JESUS EM SABEDORIA, E EM ESTATURA, E EM GRAÇA PARA COM DEUS E OS HOMENS” (LC 2.52)

Jesus em sua vida terrena desenvolveu-se física, social e mentalmente como toda criança, agradando a Deus e aos homens.

Na passagem de Lucas 2.7, encontramos nosso Senhor com apenas ‘um dia’ de nascido; envolto em panos, deitado numa manjedoura, e visitado pelos pastores belemitas. Oito dias depois, Ele foi conduzido ao ato da circuncisão mosaica, e foi ‘lhe dado o nome’ (Lv 12.3; Lc 2.21).

Quarenta e um dias depois, seus pais o levaram ao Templo para apresentação, segundo a lei cerimonial (Lv 12.3ss; Lc 2.22). Ali foi contemplado pela profetiza Ana e seus pais foram abençoados por Simeão (Não Jesus, porque Ele é a bênção!). Ver Hb 7.7.

Aproximadamente dois anos depois, Jesus é visitado pelos magos do Oriente, que o encontram numa casa (oikia) e não em uma manjedoura (phatnē), conforme fica depreendido de Mateus 2.11. 

Herodes, sendo iludido pelos magos, procura matá-lo e, sobre a benévola escuridão da noite, orientado pelo anjo, José foge para o Egito levando consigo Maria e a criança (Mt 2.14,16).

As Escrituras não nos informam por quanto tempo Jesus e seus pais permaneceram no Egito, entretanto, antes de doze anos, aconteceu o regresso

(cf. Os 11.1; Lc 2.43)”. (SILVA, S. P. A vida de Cristo. RJ: CPAD, 2000, p. 37.)
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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Medo da Eternidade - Clarice Lispector

Medo da Eternidade



Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.


Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.


Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:




- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.




- Não acaba nunca, e pronto.




- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.






- Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.




- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.



- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.




- Perder a eternidade? Nunca.




O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamos para a escola.



- Acabou-se o docinho. E agora?




- Agora mastigue para sempre.



Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.




Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.




Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.




- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!




- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.




Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra na boca por acaso.




Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.


fonte: (Linspector, Clarise. As cem melhores crônicas  brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p.223).
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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Direito de ter direitos

Direito de ter direitos

É muito importante entender bem o que é cidadania. É uma palavra usada todos os dias e tem vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o direito de viver decentemente.

Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido.

Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania. Respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública.

O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. Da mesma forma que a anestesia, as vacinas, o computador, a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante no coração.

Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar. E outros batalharam para você votar aos dezesseis anos. Lutou-se pela ideia de que todos os homens merecem a liberdade e de que todos são iguais diante da lei.

Pessoas deram a vida combatendo a concepção de que o rei tudo podia porque tinha poderes divinos e aos outros cabia obedecer.

No século XVIII, a rebeldia a essa situação detonou a Revolução Francesa, um marco na história da liberdade do homem.

No mesmo século surgiu um país fundado na ideia de liberdade individual: os Estados Unidos. Foi com esse projeto revolucionário que eles se tornaram independentes da Inglaterra.

Desde então, os direitos foram se alargando, se aprimorando, e a escravidão foi abolida. Alguém consegue hoje imaginar um país defendendo a importância dos escravos para a economia?

Mas esse argumento foi usado durante muito tempo no Brasil. Os donos de terra alegavam que, sem escravos, o país seria uma catástrofe. Eles se achavam no direito de bater e até matar os escravos que fugissem. Nessa época, o voto era um privilégio: só podia votar quem tivesse dinheiro. E para se candidatar a deputado, só com muita riqueza em terras.

No mundo, muitos trabalhadores ganharam direitos. Imagine que, no século passado, na Europa, crianças chegavam a trabalhar até quinze horas por dia. E não tinham férias.
(Gilberto Dimenstein. Cidadão de Papel. São Paulo: Ática, 1995)

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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Hoje é O Dia Internacional das Pessoas Idosas

Hoje Dia Internacional das Pessoas Idosas
O Dia Internacional das Pessoas Idosas é observado em 1 de outubro de cada ano. Em 14 de dezembro de 1990, a Assembléia Geral das Nações Unidas votou pela criação do dia 1º de outubro como o Dia Internacional dos Idosos, conforme registrado na Resolução 45/106.

IBGE prevê aumento de 120% em 20 anos
Envelhecimento da população acontecerá em todas as unidades da federação, sendo que na região Sul e Sudeste, a diferença será acentuada

Nas próximas duas décadas, o número de pessoas com 60 anos ou mais irá crescer cerca de 120% em Mato Grosso. Em relação à população atual, serão 460 mil pessoas a mais, nesta faixa etária. 

Até 2030, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fatia ocupada pela população idosa no Estado irá saltar dos atuais 8,2 % para 16% do total. 

Na outro extremo demográfico, o número de mato-grossenses com idades até 19 anos cairá 12% no mesmo período. Os jovens nessa faixa etária, que hoje representam 42% da população do Estado, serão 25,7% do total. 

"A evolução das componentes demográficas resultam em um significativo envelhecimento da população em todas as Unidades da Federação", afirmou o instituto, em nota à imprensa. 

A mudança será mais aguda em Estados da Região Sul, de acordo com o levantamento. No caso do Rio Grande do Sul, por exemplo, as projeções indicam que o número de idosos irá superar o de crianças por volta de 2027. 

"Acre, Amazonas, Roraima e Amapá ainda teriam [em 2030] cerca de 30 idosos para cada 100 crianças, valores semelhantes aos observados nas Regiões Sul e Sudeste em meados da década de 2000", disse. 

Em nível nacional, os dados divulgados pelo instituto apontam para um cenário de aumento da expectativa de vida, queda nas taxas de fecundidade e aumento da idade média em que a mulheres têm filhos. 

O número médio de filhos por mulher, que para este ano foi projetado em 1,77, deverá cair para 1,61 em 2020 e 1,50 em 2030. "Além da queda do nível de fecundidade, projeta-se que o padrão etário de fecundidade por idade da mulher também se altere, conforme já vem sendo observado na última década." 

Em Mato Grosso, os dados seguem a média nacional. A taxa de fecundidade, que era de 2,43 filhos por mulher no início do século, deverá cair para 1,55 ao longo dos próximos dezessete anos. E a expectativa de vida, considerando os dois sexos, passa dos atuais 73,4 anos para 77,1 anos. 

"A queda da fecundidade, acompanhada do aumento na expectativa de vida, vem provocando um envelhecimento acelerado da população brasileira, representado pela redução da proporção de crianças e jovens e por um aumento na proporção de idosos na população", declarou. 

Na nota, o IBGE comentou as consequências econômicas do envelhecimento da população, como a redução da parcela economicamente ativa. Em 2013, cada grupo de 100 indivíduos em idade ativa sustentava 46 dependentes. Em 2060, segundo a estimativa, o razão de dependência subirá para 66 para cada grupo de 100. 

"No caso, a principal parcela da população a ser sustentada, anteriormente composta majoritariamente por crianças, agora passa a ser de idosos. Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade será de 26,8%, enquanto em 2013 esse percentual era de 7,4%." 
Fonte: Diário de Cuiabá Edição nº 13688

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