UMA VIDA
CRISTOCÊNTRICA NESTE MUNDO
Os decretos eternos planejados por Deus e executados por Cristo incluem a salvação dos pecadores e a restauração de todas as coisas.
Embora o pecado tenha adentrado ao mundo, Deus projetou a primazia de Cristo na remissão dos pecadores e na restauração de todas as coisas para o louvor de Sua glória.
1. A
revelação do mistério. A frase “descobrindo-nos o mistério
da sua vontade” (Efésios 1.9) sinaliza a revelação da verdade que estava oculta
aos santos de Deus (Cl 1.26). Essa verdade diz respeito aos decretos eternos
que Deus planejara, por sua soberana vontade, com o propósito de salvar os
pecadores (Jo 3.16). Essa vontade divina é revelada segundo o seu beneplácito,
isto é, de acordo com o que Lhe agrada fazer por amor e misericórdia (Rm
9.15,16; 11.32). Sua vontade foi executada conforme o seu desígnio por
intermédio de Cristo para que o Filho em tudo tivesse a preeminência (Cl
1.16-20).
2. A
plenitude dos tempos. Paulo revela que o plano divino é fazer convergir
em Cristo todas as coisas (Efésios 1.10). Isso inclui tudo o que foi criado por
Cristo, para Cristo e o que subsiste em Cristo (Jo 1.1-3; Hb 1.2,3). Implica
dizer que todo o universo, céus e terra estarão submissos a autoridade e
soberania de Cristo (Rm 14.11; 2 Co 10.5). Nesse sentido, a ruptura provocada
pelo pecado de Adão é restaurada completamente em Cristo. Essa declaração não tem
conotação universalista, a ideia de que no fim todos serão salvos, mas que
finalmente tudo será como Deus planejou: Cristo a cabeça da Igreja e também a
cabeça do Universo (Efésios 1.21-23). A dispensação ou a administração desse
plano será na plenitude dos tempos (Efésios 1.10). Aqui, a palavra grega para
“tempos” não é chronos, que traz uma ideia de cronologia, mas kairos, que se
refere ao tempo divino previamente determinado para que todas as coisas estejam
sob o domínio de Cristo (At 1.7).
3. Louvor da sua glória. O apóstolo enfatiza que as bênçãos são destinadas aos judeus e gentios – a Igreja. Paulo muda do pronome “nós” (ele e os judeus) para o “também vós” (os gentios), indicando que em Cristo os crentes de ambos os povos são herdeiros da promessa (1.11-13). Ele ratifica igualmente que o propósito da eleição não é outro senão Louvar e glorificar a Deus (1.12,14). Isso assinala não somente adorá-Lo com palavras e ações, mas também levar outros a fazer o mesmo (1 Pe 2.12). Por conseguinte, tudo o que somos, fazemos ou possuímos vem de Deus, pois começa na Sua vontade e culmina na Sua glória (At 17.28).
Pesquisado por Aurelina in EBD 2T 2020