É chatear demais.
por Aurelina Haydêe do Carmo
Por ocasião do MUNDIAL, estava de descida para ver a chegada
de nossos Hermanos chilenos. Passariam em comboio em frente da minha
residência. Aqui de cima escutei o buzinaço.
Fecho a porta e saio em direção ao elevador, o telefone fixo toca, toca e toca.
Resolvi voltar, abri a porta, pego o fone: Alô! Do outro lado
pergunta pelo meu nome. Digo, quem é? A voz responde: Está tudo bem com a
senhora?
Respondo: Qual o interesse?
Insiste: Tá tudo bem? (ficamos meio desconfiados com a
preocupação, neste tempo de MURICí-cada
um por sí). Risos.
Devido a insistência sobre o meu estado, (emocional,
saúde ou financeiro, não sei...). Respondo que SIM.
A voz feminina do outro lado diz: Aqui é da Farmácia... a senhora está precisando de sampoo...antisséptico
bacteriostático...esparadrapo...colírio ou xarope prá tosse?
Pensei... pelo tempo que passei nessa farmácia para abastecer
a farmacinha de primeiros socorros para empreender uma pequena viagem, jamais
imaginei que ainda estavam lembrando de mim.
Pensei... em tempos de crise recebemos inúmeros telefonemas
oferecendo biscoitos caseiros, pano de
prato e de chão, sacos de lixo, doces caseiros, bonecas de pano, pulseirinhas
de contas, calcinhas de algodão, empréstimos ,operadoras de telefones, viagens
etc, etc.
Mas... remédios? É chatear
demais!
*Conto- Aurelina Haydêe do Carmo.---
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo
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