Dia do Índio
-19 de Abril
Funeral Borôro- Poesia
Autora: Aurelina
Haydêe do Carmo
Mulheres e crianças são afastadas
O corpo é coberto por inteiro,
Gritos e lamentos em altas vozes
São ouvidos por toda aldeia.
É o ritual Borôro.
Monótono coro com reverencia.
Lento canto – na maloca,
Com a cadência...
Marcada pelo Bapo.
Envolto na esteira,
O corpo com parcimônia
E todos os objetos pessoais
Vão ser queimados
No final da cerimônia.
Escurece – levam o cadáver,
Para o pátio da aldeia.
Início formal dos funerais...
Os chefes esperam
ostentando
Os Pariko.
Virados para o poente,
Ouve –se os
sons...
Tocam o Bapo,
E entoam o Roia
Kurireu.
Durante toda noite ,
Os diversos clãs sentem...
Cantam monotamente
Até amanhecer.
Logo ao clarear,
Na praça da aldeia,
Junto ao baimanna
–gueggeu,
Uma cova...
Os parentes em altos lamentos,
Ajuntam- se
novamente,
Retalham o corpo. Encurvando...
E, o sangue cai sobre o cadáver.
O defunto é levado.
Será sepultado temporariamente
A flor da terra.
A noite será regado...
Apressa a decomposição dos tecidos.
Assim era nos tempos idos.
Feito o descolamento dos ossos,
Começa o luto.
*poesia baseada em pesquisas feita em diversas edições da
revista Atualidades indígena.
Aurelina Haydêe do Carmo é especialista em Antropologia Cultural-UNB e é a primeira
criança nascida em Rondonópolis-MT- às margens do Arareau , um dos afluentes do lendário Rio Vermelho.
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Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA.
Professora Aurelina Haydee do Carmo
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