Elas murcharam.
Conto por Aurelina Haydêe do Carmo
*Findamos o mês de Agosto que é
conhecido como mês do cachorro louco.
A historia que começo a contar, é muito engraçada, para não
dizer cômica.
Aconteceu comigo. Desci e estava a espera do Taxi. Nisso lá
em baixo estavam duas senhoras com seus cachorros, para passear.
Os cachorrinhos estavam bem alegrinhos, vestidinhos,
fitinhas e unhas esmaltadas. Tudo que tinham direito.
Elas aproveitaram o momento para desabafar. Eu não as
conhecia, pois o prédio é muito grande.
Primeiramente quero falar que 08 meses atrás o sindico
amavelmente veio a mim e pediu se eu podia atualizar o nosso regimento interno
do Condomínio que estava um pouco fora da realidade.
Aceitei o convite e na primeira reunião foi colocado em
pauta o assunto. Assim formamos um grupo de 10 inquilinos. E desses 10 ficamos
em três. Demoramos 8 meses estudando o Regimento.
Lemos vários regimentos internos de diversos prédios,
fazíamos chamamento para que mais inquilinos viessem colaborar conosco, para
que saísse uma coisa perfeita, colocamos no mural de recados do elevador nossos
e-mail para receber sugestões, etc, nada, ninguém pronunciou. Enfim, chegou o
dia da leitura – reunião do condomínio.
Os que tinham cachorro ( 9 pessoas ), não aceitou a taxa de
3% para constituição. Fizemos a votação pela aprovação do regimento, apenas 1
não concordou. Regimento aprovado. Não sei...
qual a repercussão que houve entre os proprietários (donos dos
cachorros), só sei que ninguém pagou.
Única coisa que sei, é, que eu paguei o pato.
Voltando nas senhoras(risos), uma disse para a outra:
- Fulana, segura bem o seu cachorrinho (falou por nome
feminino) porque aqui no prédio tem gente, tão burra, tão burra, tão burra(
isso nas maiores alturas) que não sabe que cachorro é gente.
- Será que essa burra, não sabe que cachorro é gente?
Para refrescar os ânimos, eu dirigi a elas( elas prontas para
me atacar) e disse com voz macia:
- Senhoras, vocês por acaso viram se aquele taxi, trouxe
alguém ou estava esperando alguém? Estou tão preocupada pela demora que, não
consigo nem raciocinar.
Elas murcharam.
Agora vamos estender o nosso BOM DIA a Cuiabá, Mato Grosso, Brasil e ao Mundo que neste momento esta precisando muito de um BOM DIA. Professora Aurelina Haydee do Carmo